segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ULISSES


Mil e duzentos anos antes do nascimento de Cristo, vivia na ilha grega de Ítaca um jovem príncipe chamado Telémaco. Seu pai tinha partido para a guerra quando ele era ainda bebé. Agora Telémaco era crescido, quase adulto – mas o pai ainda não tinha voltado. Já se sabia, em Ítaca que a guerra acabara; todos sabiam que Tróia, a cidade inimiga, havia sido conquistada e destruída. Dando embora o desconto para as dificuldades de navegação e para os perigos do mar, parecia estranho lá na ilha que Ulisses, o pai de Telémaco, não tivesse regressado a casa.
Tão estranho que se espalhou o boato de que Ulisses tinha morrido. Em Ítaca, toda a população passou gradualmente a aceitar essa realidade. O palácio onde Telémaco vivia com Penélope, sua mãe, encheu-se de pretendentes, que queria à força que a rainha Penélope voltasse a casar. Mas ela resistiu sempre, embora sem a certeza de que Ulisses estivesse vivo. Só havia uma pessoa em Ítaca que acreditava, no seu íntimo, que Ulisses haveria ainda de voltar. Era Telémaco, seu filho, que sonhava dia e noite com o pai.
Na verdade, Ulisses não morrera. Muitas tinham sido as aventuras e peripécias que tiveram de enfrentar após a partida de Tróia. Mas graças à sua extraordinária inteligência, conseguiu sempre sobreviver. O que a mulher e o filho não sabiam era que ele perdera a nau e todos os companheiros num naufrágio. Salvara-se a nado, sozinho, conseguindo chegar à ilha onde vivia uma deusa solitária, Calipso. Esta deusa afeiçoou-se de tal forma a Ulisses que não o quis deixar partir: queria que ele casasse com ela. Queria fazer dele um deus. Mas Ulisses, sempre a pensar na mulher e no filho, nunca aceitou.
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A Odisseia de Homero Adaptada para Jovens por Frederico Lourenço, Lisboa, Cotovia, 2005
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Aula no âmbito da formação de língua portuguesa (PNEP) - EB1 de Algaça 3.º e 4.º anos

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

SAPO SAPINHO


Sapo Sapinho Doutor
é vaidoso até mais não,
desde que o chamam senhor
despreza o pai cavador
e o avô Sapo Sapão.

Detesta os bichos vizinhos
e a própria Dona Cegonha,
pensa com grande vergonha
nos irmãos Sapos Sapinhos
e sonha que é sábio, sonha...

E como se julga sábio
não se ri para ninguém,
e desfolha um alfarrábio
que lhe custou um vintém
com um ar bem carrancudo,
ar mal disposto de quem
sente desprezo por tudo...

Sidónio Muralha


Texto trabalhado pelos alunos dos 3.º e 4.ºanos da Escola EB1 de São Miguel no âmbito do PNEP .As fichas de trabalho estão colocadas no espaço da Escola.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Festa de Natal 2008 - Fotos