quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

História do mês: Janeiro / Fevereiro



O monstro do fundo do lago dos números

Já todas as folhas em forma de letras minúsculas tinham caído na Floresta das Maravilhas. Só se viam os ramos em forma de letras maiúsculas. Os pequenos animais, vírgulas, pontos de exclamação e interrogação, andavam ali à procura de pequenas vogais para comer.
Perto do lago dos números, o ponto e vírgula parecia perdido… estava ali há horas a olhar para os números… Ele estava quase a descobrir porque coisas tão estranhas se estavam a passar na sua floresta como as folhas de letras minúsculas terem caído e de, como a água era límpida, no mais fundo do lago estar qualquer coisa que ele infelizmente não conseguia identificar muito bem.
O Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula era muito esperto, tinha um nariz bicudo, olhos arregalados e um corpo muito delgado.
No dia seguinte todos se admiraram por verem o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula enfiado o dia todo dentro de sua casa. Ele estava a preparar uma máquina que lhe permitia respirar debaixo de água como os números, a diferença é que os números não precisavam de máquinas nenhumas.
Conseguiu terminá-la nessa manhã e ia estreá-la nessa tarde só que de repente o céu ficou escuro e tinha começado a chover e a trovejar. A Floresta das Maravilhas estava mergulhada numa imensa escuridão, as ervas, vogais, ficaram alagadas e algumas com o excesso de água morreram, os ramos, letras maiúsculas, ficaram tão molhados que suspiraram de alívio quando no dia seguinte a chuva parou e o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula ficara extasiado e escrevera no seu bloco especial de notas tudo o que se tinha passado.
Na tarde a seguir ao dia em que se tinha visto a escuridão total, quando a chuva já não caía, o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula foi experimentar a sua máquina.
Quando chegou ao lago enfiou-se na sua máquina de respirar debaixo de água e foi até ao mais fundo do fundo do lago dos números. Quando os animais viram o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula cercaram o lago. Todos eles: vírgulas, pontos de exclamação e interrogação estavam cheios de medo.
Entretanto debaixo de água o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula falava com um monstro chamado Outono a quem disse para vir consigo para a Floresta Mágica explicar o que estava ali a fazer. O monstro foi com ele.
Chegaram os dois ao mesmo tempo e quando os animais: vírgulas, pontos de exclamação e de interrogação viram um monstro tão perto deles fugiram cada um para suas tocas. O Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula conduziu o monstro Outono para uma clareira onde o vento passava ameno e calmo, nem muito forte nem frio, perto de sua casa.
O monstro sentou-se numa cadeira e o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula noutra cadeira, sacou de um bloco e procurou «Monstros que vivem no fundo do lago dos números». Depois de encontrar começou a perguntar:
- O que é que estavas a fazer no fundo do lago dos números?
- Eu sou um monstro chamado Outono, eu escondo-me no lago dos números e à noite eu faço o vento soprar e a chuva cair.
- Porque é que te chamas Outono?
- Por que eu venho da cidade Monstruosa e lá existem muitos monstros e cada um tem uma função e a mim calhou-me a função de fazer de estação do ano de nome Outono. Eu preciso de voltar à cidade Monstruosa porque sem mim não há Outono!
- Percebo… precisas de um veículo voador super sónico. Vou ver o que posso arranjar, até lá, ou seja, até eu te apresentar a todos os seres da Floresta Mágica tens que ficar aqui escondido. Está bem?
- Está!
Durante uma semana dedicou-se ao seu veículo super sónico, pois ele fazia tudo muito depressa, era apressado.
No dia trinta de Setembro apresentou o monstro aos habitantes da Floresta Mágica e deu-lhe o veículo super sónico onde ele viajou até à cidade Monstruosa e onde viveu e casou com a monstra Primavera.
Agora conto esta história verdadeira aos meus filhos pois eu sou o Doutor Senhor Cientista Ponto e Vírgula que continuo a ser usado por ti em quase todos os teus textos. Obrigado por não me achares velho e até sempre!


Célia Subtil
4º ano
EB1 de Arrifana

1 comentários:

Anónimo disse...

gosto bue deste texto.e tambem foi publicado por uma colega minha que agora anda...nao...andamos no 5º ano.
ela e a celia e eu a gabi!!!