Já todas as folhas de letras minúsculas tinham caído na floresta das Maravilhas. Só se viam no ar os ramos em forma de letras maiúsculas. Os pequenos animais, vírgulas, pontos de exclamação e interrogação andavam ali à procura de pequenas vogais para comer.
Perto do lago dos números, o ponto e vírgula parecia perdido.
Estava ali há horas a olhar para os números! Ele era cientista e estava quase a descobrir porque é que os números do lago iam diminuindo.
Um dia, foi ao lago e quase morreu de susto. Já só lá havia um número, que disse ao ponto e vírgula:
- Era de noite e eu ouvi um barulho que vinha do fundo do lago. Então, de repente, uma luz vinda da água sugou todos os números. Por sorte, agarrei-
-me a um nenúfar e não fui com eles.
O cientista ficou paralisado dos pés à cabeça, durante dez minutos, ao saber o que tinha acontecido.
Foi para o laboratório, que tinha montado perto do lago, e pegou numa máquina de filmar, própria para água, e pô-la dentro do lago de forma a conseguir ver o que se passava à noite.
Fez uma engenhoca e disparou-a contra o número que imediatamente ficou transformado num super-número. Ele podia voar, atirar raios de neve, gelo, fogo, dava gritos que partiam todo o tipo de vidros (até mesmo cristal), andava à velocidade da luz, etc.
O cientista treinou o super-número, fazendo provas de obstáculos e testes de pontaria. Deu-lhe um fato de mergulhador e um escafandro e, à noite, o número aproximou-se do lago.
Imediatamente, saltou do lago um monstro com cerca de trinta e cinco metros.
O número olhou para o monstro e viu que ele tinha duas cabeças, oito pernas e dez braços. Quase que desmaiou de susto!
Mostrando-se forte, o número disse ao monstro:
- Ó monstro, devolve-me os meus amigos imediatamente!
- Primeiro tens de me ganhar. – respondeu o monstro.
Começou a batalha. O número disparou um raio congelador que paralisou o monstro, deixando-o num cubo de gelo, a seguir disparou uma bola de fogo que acertou no cérebro do monstro e uma lança de gelo que lhe acertou no coração.
O monstro morreu, o número abriu-lhe a barriga e retirou todos os seus amigos números.
Mais tarde, o cientista ofereceu uma medalha ao número. O poder já tinha desaparecido, mas toda a gente se lembrava dos actos heróicos dele.
Viveram felizes para sempre.
André Carvalho Henriques
11/02/2009
4º Ano de escolaridade
E.B.1 de S. Miguel
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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